No Brasil, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indicam que o câncer de mama será responsável por 52.680 novos casos até o fim do ano
Novidades em anticoncepcional e câncer de mama, além das atualidades do tratamento cirúrgico da doença serão alguns dos temas debatidos na 3ª Jornada Goiana de Mastologia, que será realizada no dia 8 de março, no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás, em Goiânia.
A data escolhida remete ao Dia Internacional da Mulher, em memória à história, às lutas, às conquistas das mulheres e, principalmente, em alusão ao seu importante papel na sociedade. A promoção é da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Goiás, em parceria com a Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia.
O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Goiás, Antônio Eduardo Rezende de Carvalho, frisa que o câncer de mama deve ser um dos pontos centrais da preocupação da saúde feminina, já que é uma doença grave que, se descoberta tardiamente, pode levar à morte. “Como estamos próximos ao Dia Internacional da Mulher, que é uma data que marca a luta das mulheres por emancipação e por melhores condições de vida, é importante lembrar que a prevenção ao câncer de mama deve fazer parte dessa batalha cotidiana”, ressalta.
No Brasil, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indicam que o câncer de mama será responsável por 52.680 novos casos até o fim do ano. “A incidência vem aumentando nos últimos anos e, entre as razões, está o fato das mulheres engravidarem mais tarde e amamentarem menos. Além disso, tendem a ter maior índice de obesidade, ingerem mais bebida alcoólica e consomem mais alimentos industrializados”, aponta o mastologista.
Segundo Antônio Eduardo, é preciso se atentar também para aspectos hormonais, genéticos e idade, já que alguns fatores são determinantes para o surgimento da doença. “Correm mais risco de desenvolver câncer de mama, mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 10 anos, aquelas que entraram na menopausa após os 55 anos, quem teve a primeira gravidez após os 35 anos, aquelas que passaram por terapia de reposição hormonal pósmenopausa por mais de cinco anos, ou mesmo quem passou por radioterapia antes dos 40 anos. Vale lembrar que histórico familiar, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos, podem indicar predisposição genética”, detalha.