Autor : Maisa Lima – Assessoria de Comunicação da AMG
Presidente da Associação Médica de Goiás (AMG), dr. Rui Gilberto Ferreira será entrevistado hoje (16) no Jornal do Meio Dia da TV Serra Dourada, às 12 horas. Em pauta, o protesto dos médicos contra os planos de saúde, que em Goiás terá início amanhã, quarta-feira (17) , prosseguindo até sexta (19).
Os médicos goianos suspenderão o atendimento a usuários de sete operadoras de planos de saúde – Amil, Cassi, Capesesp, Fassincra, Geap, Imas e Promed. A paralisação faz parte de um protesto nacional da categoria.
No País, a expectativa é que os médicos suspendam atendimento a planos de saúde por até 15 dias neste mês de outubro. A categoria exige uma assistência de melhor qualidade para os pacientes e a valorização da Medicina. O movimento alcançará somente a assistência eletiva: urgências e emergências serão tratadas normalmente. Na prática, deve atingir operadoras que descumprem acordos firmados com a classe médica, atrasam pagamentos, mantém tabelas de remuneração defasadas, praticam glosas injustificadas (não pagamento de valores referentes a atendimentos, medicamentos, materiais, etc) e pagam honorários diferentes para o mesmo procedimento.
Reivindicações
Entre as reivindicações dos médicos estão o reajuste da consulta para R$ 80,00 – atualmente essas operadoras pagam entre R$ 35,00 e R$ 55,00; a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM/2012), uma tabela de remuneração para o pagamento dos honorários; a inserção nos contratos de critérios de descredenciamento e de reajuste e o pagamento dos honorários médicos diretamente ao profissional; fim da intervenção antiética das operadoras na autonomia da relação médico-paciente e que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) responda, por meio de normativa, a proposta de contratualização encaminhada pelas entidades médicas.
Como lembra Rui Gilberto, “a saúde suplementar brasileira carece hoje de credibilidade”. O presidente da AMG refere-se ao recente levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Datafolha e a Associação Paulista de Medicina (APM) mostra que 15% dos entrevistados (1,5 milhão de pessoas) afirmam ter recorrido ao Sistema Único de Saúde (SUS) em média 2,6 vezes e 9% (950 mil usuários) ao atendimento particular em média duas vezes, nos últimos 24 meses. “Ora, isso reflete a grande insatisfação de pacientes usuários do sistema, assim como de médicos prestadores dos serviços. Não é possível manter qualidade nos serviços com o atual aviltamento dos honorários médicos pagos”, conclui.