Começou temporada de festas juninas e, com ela, o espetáculo dos fogos de artifício. Mas é preciso ter cuidado, pois a brincadeira pode se transformar em uma tragédia. Segundo o DATASUS, nos últimos anos, em todo o país, houve mais de 8,5 mil acidentes e 120 mortes causadas por fogos de artifícios. O mais grave é que mais de 20% das mortes foram de crianças entre 0 e 14 anos. Tradicionalmente, no mês de junho, acontece quase 1/3 dos acidentes registrados em um ano.
Com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos dos fogos e salientar a prevenção dos acidentes, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Goiás (SBOT-GO) divulga, em todo o Estado, a campanha FOGOS DE ARTIFÍCIO, uma ação realizada em todo o Brasil. Segundo a entidade, uma em cada 10 pessoas tem um de seus membros superiores amputados, além de outras sequelas, ao manusear os artefatos.
Segundo o presidente da SBOT-GO, Adriano Esperidião, uma dica importante para soltar fogos de artifício é fazê-lo o ar livre. Para isto, o ideal é ficar a uma distância de 30 a 50 metros do local e certificar-se que não existam substâncias inflamáveis ou rede elétrica nas proximidades. “Nunca faça experiências ou modifique os fogos de artifícios. Além disso, crianças devem sempre ficar longe dos artefatos”, frisa o ortopedista.
Em casos de acidentes, o certo é acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 ou o SAMU de sua cidade pelo 192. “Lave queimaduras com água fria ou soro fisiológico e envolva com um pano úmido”, acrescenta Adriano Esperidião.
Para se divertir com segurança, a SBOT recomenda:
– Participar de queimas de fogos públicas, pois são mais seguras;
– Só comprar o produto em lojas especializadas e certificadas;
– Escolher versões menos explosivas, de fácil manuseio, dentro do prazo de validade e com certificado de garantia;
– Optar por fogos que têm base de encaixe para ser fixada no chão;
– Fazer a soltura ao ar livre, a 30 metros de distância, e verificar se não existem substâncias inflamáveis nem rede elétrica nas proximidades;
– Jamais fazer experiências ou modificar os explosivos;
– Orientar as crianças a estourar as bombinhas e os estalinhos longe da fogueira, de substâncias inflamáveis, de pessoas e de objetos, que podem quebrar e se estilhaçar, caso de garrafas de vidro e latas de refrigerante;
– Não carregar os artefatos nos bolsos, já que eles podem explodir acidentalmente;
– Em caso de amputações, colocar o membro em um saco plástico e, depois, dentro de um recipiente com gelo e levar o acidentado imediatamente ao pronto-socorro.
O que fazer em caso de acidente?
– Acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 ou o SAMU de sua cidade pelo 192;
– Lave queimaduras com água fria ou soro fisiológico e envolva com um pano úmido;
– Em caso de amputações, colocar o membro em um saco plástico dentro de um recipiente com gelo e levar o paciente para o pronto-socorro.
Tipos de queimaduras
Existem três tipos de queimadura, classificados de acordo com a causa. Queimaduras térmicas são aquelas provocadas por fontes de calor como o fogo, líquidos ferventes, vapores, objetos quentes e excesso de exposição ao sol. Já as químicas são provocadas por substância química em contato com a pele ou mesmo por meio das roupas. As queimaduras por eletricidade são provocadas por descargas elétricas.
Essas lesões também são classificadas segundo a profundidade. Aquelas de 1º grau atingem apenas as camadas superficiais da pele. Os sintomas são vermelhidão, inchaço e dor local suportável, sem formação de bolhas.
As de 2º grau são mais graves e atingem as camadas mais profundas da pele. Apresentam bolhas, pele avermelhada, manchada ou com coloração variável, dor, inchaço, desprendimento de camadas da pele e possível estado de choque.
O tipo mais grave são as queimaduras de 3º grau, que atingem todas as camadas da pele e podem chegar aos ossos. Apresentam pouca ou nenhuma dor e a pele branca ou carbonizada.