Fonte : Jornal O hoje/ Edição de 01/02/2013 –
Sangue Herói de 2013, do Corpo de Bombeiros, quer garantir que não faltem bolsas durante o crítico período de carnaval
Devido á queda no número de doações de sangue nesta época do ano, por causa das férias, o estoque dos bancos de todo o Estado estão baixos. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o produto ainda não está em falta Estado, mas com a proximidade do carnaval – quando aumentam os acidentes e a demanda por sangue – a situação é preocupante.
Com essa preocupação, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) lançou na manhã de ontem, no Hemocentro, a campanha Sangue Herói 2013, uma ação preventiva que incentiva a doação. Dentro da campanha, os bombeiros foram às ruas distribuir panfletos e cartilhas com a intenção de recrutar voluntários, além de eles mesmos darem o exemplo, se oferecendo para a doação. Tudo para garantir que o fornecimento de bolsas de sangue para os hospitais da rede pública e unidades de saúde da capital e do interior não seja prejudicado, principalmente nesta época tão crítica.
O lançamento da campanha, parceria da corporação com o Hemocentro e a Secretaria de Estado da Saúde, foi marcado por uma doação coletiva de militares da corporação e pela presença do comandante geral do CBMGO, coronel Carlos Helbingen Jœnior; o chefe de Gabinete da Secretaria de Estado da Saúde, coronel Valdi Marques de Sousa, e o diretor do Hemocentro, Mauro Silva.
Coronel Helbingen, que também doou sangue para a campanha, destacou a importância do ato. Ele acredita que a ação dos Bombeiros servirá de exemplo para a comunidade também procurar o Hemocentro, que ampliou seu horário de atendimento. Vale lembrar que apenas 1,9% dos brasileiros doam sangue regularmente – dentro do parâmetro estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que varia de 1% a 3% da população. Mas, segundo o Ministério da Saúde, se todo brasileiro doasse duas vezes ao ano, não faltaria sangue para transfusões no País.
Uma única doação pode beneficiar até quatro pessoas. No entanto, a pressão por mais bolsas de sangue cresce a cada ano no País, em especial em feriados prolongados como o carnaval. As 3,5 milhões de bolsas de sangue coletadas por ano já não têm sido suficientes para suprir a demanda, por exemplo, dos transplantes de órgãos.
O ideal é chegar a 5,7 milhões anuais. E não há riscos, pois todo o equipamento utilizado na coleta e armazenamento do sangue doado é esterilizado e descartável, tornando nula a chance de transmissão de alguma doença para o doador. O candidato à doação passa por avaliação clínica, que avalia sua saúde e torna a coleta mais segura aos doadores e a transfusão mais segura aos receptores. No sangue doado são realizadas as sorologias padronizadas pelo banco de sangue, como HIV, hepatites B e C, HTLV1/2, chagas e sífilis.