Na última quarta-feira, 6 de outubro, o presidente da CPI da COVID, Renan Calheiros, incluiu o presidente do Conselho Federal de Medicina – CFM, Dr. Mauro Luiz de Brito Ribeiro, na lista de investigados da CPI. Uma decisão de cunho político que afronta não apenas uma das maiores instituições representativas dos médicos brasileiros, o CFM, mas toda a classe médica que tem, como direito constitucional e inviolável, a autonomia para tratar seus pacientes.
Sabemos que, infelizmente, a COVID-19 deixará marcas irreparáveis em nossa história. São milhares de vidas ceifadas e famílias incompletas que não resistiram a esta batalha injusta contra um vírus que a cada dia nos exige novos conhecimentos e decisões. Mesmo após meses de enfrentamento da pandemia, ainda não há consenso entre cientistas e médicos no tratamento mais adequado.
O Conselho Federal de Medicina, representado pelo seu presidente Dr. Mauro Ribeiro, durante todo este período, tem protegido a autonomia dos profissionais médicos de todo o Brasil, o que é digno de respeito e aplausos. A classe médica está amparada por uma entidade que defende a ciência, os princípios éticos e morais.
A Associação Médica de Goiás, desta forma, repudia a decisão da CPI da COVID, e apoia o Conselho Federal de Medicina no que for necessário para manter as boas práticas médicas, para defender a autonomia dos médicos brasileiros e, acima de tudo, para defender os pacientes, sua saúde e vida.
Conclamamos a todas as Associações Médicas Regionais e Sociedades de Especialidades Médicas de Goiás, do Brasil e de todo o mundo, para unir forças no apoio ao Conselho Federal de Medicina. Estaremos sempre juntos em defesa da ciência e da humanidade.
Washington Luiz Ferreira Rios
Presidente da Associação Médica de Goiás
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